Archive for julho 2013

Criar um ponto de restauração Windows 8


Clique no titulo para ver o artigo.

Homo sapiens


Clique no titulo para ver o artigo.

Consciência


Clique no titulo para ver o artigo.

Individualismo


Clique no titulo para ver o artigo.

Identidade cultural


Clique no titulo para ver o artigo.

Identidade


Clique no titulo para ver o artigo.

Pessoa


Clique no titulo para ver o artigo.

Indivíduo


Clique no titulo para ver o artigo.

Flora


Clique no titulo para ver o artigo.

Fauna


Clique no titulo para ver o artigo.

Floresta tropical


Clique no titulo para ver o artigo.

Insetos


Clique no titulo para ver o artigo.

Semente


Clique no titulo para ver o artigo.

Invertebrados


Clique no titulo para ver o artigo.

Táxon


Clique no titulo para ver o artigo.

Filopatria


Clique no titulo para ver o artigo.

Mamíferos


Clique no titulo para ver o artigo.

População


Clique no titulo para ver o artigo.

Habitat


Clique no titulo para ver o artigo.

Seleção natural



Seleção natural (AO 1945: Selecção natural) é um processo da evolução proposto por Charles Darwin para explicar a adaptação e especialização dos seres vivos conforme evidenciado pelo registro fóssil. Outros mecanismos de evolução incluem deriva genética, fluxo gênico e pressão de mutação.

O conceito básico de seleção natural é que características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.

A seleção natural age no fenótipo, ou nas características observáveis de um organismo, de tal forma que indivíduos com fenótipos favoráveis têm mais chances de sobreviver e se reproduzir do que aqueles com fenótipos menos favoráveis.

Se esses fenótipos apresentam uma base genética, então o genótipo associado com o fenótipo favorável terá sua freqüência aumentada na geração seguinte. Com o passar do tempo, esse processo pode resultar em adaptações que especializarão organismos em nichos ecológicos particulares e pode resultar na emergência de novas espécies.

A seleção natural não distingue entre seleção ecológica e seleção sexual, na medida em que ela se refere às características, por exemplo, destreza de movimento, nas quais ambas podem atuar simultaneamente.

Se uma variação específica torna o descendente que a manifesta mais apto à sobrevivência e à reprodução bem sucedida, esse descendente e sua prole terão mais chances de sobreviver do que os descendentes sem essa variação.

As características originais, bem como as variações que são inadequadas dentro do ponto de vista da adaptação,deverão desaparecer conforme os descendentes que as possuem sejam substituídos pelos parentes mais bem sucedidos.

Assim, certas caraterísticas são preservadas devido à vantagem seletiva que conferem a seus portadores, permitindo que um indivíduo deixe mais descendentes que os indivíduos sem essas características.

Eventualmente, através de várias interações desses processos, os organismos podem acabar desenvolvendo características adaptativas mais e mais complexas.

Índice

1 Princípios gerais
1.1 Nomenclatura e uso
2 Mecanismos da seleção natural
3 Um exemplo: resistência a antibióticos
4 Alcance da seleção natural
5 Desenvolvimento histórico
5.1 Teorias pré-darwinianas
5.2 Hipótese de Darwin
5.3 Síntese evolutiva moderna
5.4 Conversão gênica enviesada
6 Impacto da teoria


Princípios gerais


Apesar do avanços da pesquisa ainda existem muitas espécies desconhecidas.
A seleção natural age sobre o fenótipo.

O fenótipo é determinado por um trecho genômico do indivíduo, conhecido como genótipo e também pelo ambiente em que o organismo vive, e as interações entre os genes e o ambiente.

Freqüentemente, a seleção natural age em características específicas de um indivíduo e os termos fenótipo e genótipo são algumas vezes usados especificamente para indicar essas características específicas.

A maioria das características são influenciadas pelas interações de muitos genes, mas algumas características são governadas por um único gene nos moldes das Leis de Mendel. Variações que ocorram em um de muitos genes que contribuem para uma característica podem ter somente pequenos efeitos no fenótipo, produzindo um continuum de valores fenótipicos possíveis; o estudo desses padrões de hereditariedade tão complexos é chamado de genética quantitativa.1

Quando organismos morrem em todos os lugares do mundo diferentes em uma população possuem genes diferentes para a mesma característica, essas variações genéticas são denominadas de alelos.

Quando todos os organismos em uma população compartilham o mesmo alelo para uma característica particular, e esse estado apresente-se estável ao longo do tempo, se diz que os alelos se fixaram naquela população. É essa variação genética que destaca características fenotípicas; um exemplo comum é a de que certas combinações de genes para cor dos olhos em humanos correspondem a genótipos que originam o fenótipo dos olhos azuis.

Nomenclatura e uso

O termo "seleção natural" apresenta pequenas diferenças de definições em contextos diferentes. Em termos simples, "seleção natural" é mais freqüentemente definida como operando em características hereditárias, mas pode algumas vezes referir-se a diferenciais no sucesso reprodutivo de fenótipos independente se esses fenótipos são hereditários.

A seleção natural é "cega" no sentido de que o nível de sucesso reprodutivo é uma função do fenótipo e não se ou até que âmbito aquele fenótipo é hereditário; seguindo o uso inicial feito por Darwin2 O termo é freqüentemente usado para se referir tanto às conseqüências da seleção cega quanto aos seus mecanismos.3 É algumas vezes útil explicitar as diferenças entre mecanismos da seleção e seus efeitos; quando essa distinção é importante, cientistas definem "seleção natural" especificamente como "aqueles mecanismos que contribuem para a seleção de indivíduos que se reproduzem," sem se importar se a base da seleção é hereditária. Isso é algumas vezes referido como 'seleção natural fenotípica'.4

Características que causam um maior sucesso reprodutivo de um organismo são consideradas como "selecionadas a favor" enquanto aquelas que reduzem o sucesso são "selecionadas contra". "Selecionar a favor" uma característica pode resultar na "seleção contra" de outras características correlacionadas que não influenciam diretamente a aptidão do organismo.

Isso também pode ocorrer como um resultado de pleiotropia ou ligação genética.5

Mecanismos da seleção natural

O que faz com que uma característica tenha mais probabilidade de permitir a sobrevivência de seu portador depende muito de fatores ambientais, incluindo predadores da espécie, fontes de alimentos, estresse abiótico, ambiente físico e assim por diante.

Quando membros de uma espécie tornam-se geograficamente separados, enfrentam diferentes ambientes e tendem a evoluir em diferentes direções - evolução divergente.

Após um longo tempo, essas características poderão ter se desenvolvido em diferentes vias de tal modo que eles não poderão mais se intercruzar, em um ponto que serão considerados como de espécies distintas. Essa é a razão de uma espécie, por vezes, separar-se em múltiplas espécies, em vez de simplesmente ser substituída por uma nova (a partir disso Darwin sugeriu que todas as espécies atuais evoluíram de um ancestral em comum).

Além disso, alguns cientistas especulam que uma adaptação que pode permitir ao organismo ser mais adaptável no futuro tende a se espalhar mesmo que não proporcione nenhuma vantagem específica a curto prazo.

Descendentes desses organismos serão mais variados e assim mais resistentes à extinção por catástrofes ambientais e eventos de extinção.

Isso foi proposto como um dos motivos para o surgimento dos Mammalia.

Embora essa forma de seleção seja possível (ainda que altamente discutível), ela deve desempenhar um papel mais importante nos casos em que a seleção por adaptação é contínua. Por exemplo, na hipótese da Rainha de Copas, sugere-se que o sexo deve ter evoluído de modo a auxiliar os organismos a se adaptarem contra parasitas.

A seleção natural pode ser expressa como a seguinte lei geral (tirada da conclusão de A Origem das Espécies):

SE há organismos que se reproduzem e...
SE os descendentes herdam as características de seus progenitores e...
SE há variação nas características e...
SE o ambiente não suporta todos os membros de uma população em crescimento,
ENTÃO aqueles membros da população com características menos adaptativas (de acordo com o ambiente) morrerão e...
ENTÃO aqueles membros com características mais adaptativas (de acordo com o ambiente) prosperarão.
O resultado é a evolução das espécies.

Deve ser observado que isso é um processo contínuo — ela explica como as espécies mudam e pode explicar tanto a extinção quanto o surgimento de novas espécies.

Um exemplo: resistência a antibióticos


Representação esquemática de como resistência antibiótica é aumentada por seleção natural. A sessão superior representa uma população de bactérias antes de serem expostas a antibióticos. A sessão do meio mostra a população diretamente exposta, a fase em que a seleção ocorre. A última sessão mostra a distribuição da resistência em uma nova geração de bactérias. A legenda indica os níveis de resistência dos indivíduos.
Um exemplo bem conhecido da seleção natural em ação é o desenvolvimento de resistência a antibióticos em microorganismos. Antibióticos vem sendo usados para lutar contra doenças provocadas por bactérias desde a descoberta da penicilina por Alexander Fleming em 1928.

Populações naturais de bactérias contêm, entre seus vastos números de membros individuais, considerável variação em seu material genético, primeiramente um resultado de mutações. Quando expostas a antibióticos, a maioria das bactérias morre rapidamente, mas algumas podem possuir mutações que as fazem ser um pouco menos suscetíveis aos efeitos dos antibióticos.

Se a exposição aos antibióticos for curta, esses indivíduos irão sobreviver ao tratamento. Essa eliminação seletiva de indivíduos mal-adaptados de uma população é seleção natural.

Essas bactérias sobreviventes irão se reproduzir novamente, produzindo a próxima geração. Devido à eliminação dos indivíduos mal-adaptados na geração anterior, essa população conterá mais bactérias que apresentam algum tipo de resistência contra os antibióticos. Ao mesmo tempo, novas mutações ocorrem, contribuindo com novas variações genéticas às já existentes variações genéticas.

Mutações espontâneas são raras, e mutações vantajosas são ainda mais raras.

Entretanto, populações de bactéria são grandes o suficiente para que alguns indivíduos apresentem mutações benéficas. Se uma nova mutação reduz a suscetibilidade a um antibiótico, esses indivíduos têm mais chance de sobreviver quando novamente confrontados com antibióticos.

Dado tempo suficiente, e repetidas exposições ao antibiótico, uma população de bactérias resistentes a antibióticos terá emergido.

O uso (e mau uso) indiscriminado de antibióticos tem resultado em um aumento na resistência microbial a antibióticos no uso clínico, ao ponto de que a Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) tem sido descrita como multirresistente devido à ameaça que ele apresenta para a saúde e sua relativa invulnerabilidade às drogas existentes.6 Respostas estratégicas tipicamente incluem o uso de antibióticos diferentes, e mais resistentes; entretanto, novas variantes da SARM recentemente emergiram e são resistentes até a essas drogas.7 Isso é um exemplo do que veio a ser conhecido como corrida armamentista evolucionária, na qual uma bactéria continua desenvolvendo variantes que são menos suscetíveis a antibióticos, enquanto pesquisadores médicos continuam desenvolvendo novos antibióticos que podem matá-las. Uma situação similar ocorre com a resistência a pesticidas em plantas e insetos.

Corridas armamentistas não são necessariamente induzidas pelo homem; um exemplo bem documentado envolve a elaboração dos caminhos para o Rna de Interferência em plantas como um meio de imunidade inata contra vírus.

Alcance da seleção natural

Darwin esboçou sua teoria primeiramente em dois manuscritos não publicados escritos em 1842 e 1844, sendo mais completamente desenvolvido em A Origem das Espécies, em especial, Capítulo 4, ou seja, A seleção natural ou a perseverança do mais capaz. Nesse capítulo ele escreveu:

Pode-se dizer que a seleção natural realiza seu escrutínio dia a dia, hora a hora, pelo mundo, de qualquer variação, mesmo as mais sutis; rejeitando aquelas que são ruins e preservando e fazendo prosperar todas as que são boas; trabalhando silenciosa e imperceptivelmente, onde e quando surgir a oportunidade na melhora de cada ser orgânico em relação a suas condições orgânicas e inorgânicas de vida. Não vemos nada desse lento progresso, até que os ponteiros do relógio das eras tenham marcado um longo lapso de tempo e assim tão imperfeita é a nossa visão sobre o profundo passo das eras geológicas que tudo o que podemos ver é que as formas de vida são agora diferentes daquelas que existiam antes.
Darwin termina seu livro com uma passagem frequentemente citada: "Há grandiosidade nesse modo de ver a vida, com suas diversas forças, tendo surgido a partir de umas poucas formas de vida ou de uma única; e que, enquanto este planeta tem orbitado de acordo com as leis fixas da gravidade, de um início tão simples infinitas formas mais belas e maravilhosas evoluíram, e continuam a evoluir."

Desenvolvimento histórico

Teorias pré-darwinianas


A teoria moderna da seleção natural deriva do trabalho de Charles Darwin, no século XIX.
Vários filósofos antigos expressaram a ideia de que a Natureza produzia uma grande variedade de criaturas, aparentemente de forma aleatória, e que somente as criaturas que conseguiam prover-se e reproduzir-se com sucesso sobreviveriam; exemplos bem conhecidos incluem Empédocles8 e seu sucessor intelectual Lucrécio9 , enquanto ideias relacionadas foram posteriormente refinadas por Aristóteles10 .

Outro componente importante da seleção natural, a luta pela sobrevivência, foi primeiramente descrita por al-Jahiz no século IX.11 12 Tal argumento clássico foi re-introduzido no século XVIII por Pierre Louis Maupertuis13 e outros, incluindo o avô de Charles Darwin, Erasmus Darwin. Entretanto, esses precursores tiveram pouca influência na trajetória do pensamento evolucionário depois de Charles Darwin.

Até o início do século XIX, a visão predominante nas sociedades ocidentais era de que diferenças entre indivíduos de uma espécie era um afastamento desinteressante do Ideal platônico (ou typos) de tipos criados. Entretanto, a teoria do uniformitarismo na geologia promovia a ideia de que forças simples e fracas poderiam atuar constantemente por longos períodos de tempo para produzir mudanças radicais na paisagem da Terra; o sucesso dessa teoria chamou à atenção a vasta escala de tempo geológico e tornou plausível a ideia de que pequenas, virtualmente imperceptíveis mudanças em sucessivas gerações poderiam produzir conseqüências na escala de diferenças entre as espécies. O evolucionista do início do século XIX, Jean-Baptiste Lamarck sugeriu a hereditariedade de caracteres adquiridos como um mecanismo para a mudança evolucionária; características adaptativas adquiridas por um organismo durante sua vida poderiam ser herdadas pela progênie do organismo, causando uma transmutação de espécies.14 Essa teoria veio a ser conhecida como Lamarckismo e foi uma influência nas ideías não-genéticas do biólogo soviético stalinista Trofim Lysenko.15

Hipótese de Darwin

Entre 1832 e 1844, Charles Darwin esboçou sua teoria da evolução por meios de seleção natural como uma explicação para a adaptação e especiação. Ele definiu a seleção natural como um "princípio no qual cada pequena variação [ou característica], se benéfica, é preservada".16 O conceito era simples mas poderoso: indivíduos mais aptos ao ambiente têm mais chances de sobreviver e reproduzir-se17 E enquanto existir algum tipo de variação entre eles, ocorrerá uma inevitável seleção de indivíduos com as variações mais vantajosas.

Se as variações são hereditárias, um diferencial no sucesso reprodutivo irá acarretar uma evolução progressiva de uma dada população particular de uma espécie, e populações que evoluem ficando suficientemente diferentes, podendo acabar se tornando espécies diferentes.

As ideias de Darwin foram inspiradas pelas observações que ele havia feito na Viagem do Beagle, e pelas teorias econômicas de Thomas Malthus, que notou que a população (se não supervisionada) crescia exponencialmente enquanto que o suprimento de comida só crescia linearmente; logo limitações inevitáveis de recursos acarretariam implicações demográficas, levando a uma "luta pela sobrevivência", na qual somente o mais apto sobreviveria.

Uma vez que a teoria foi formulada, Darwin foi meticuloso em arregimentar e refinar evidências, compartilhando suas ideias somente com poucos amigos; ele foi inspirado a publicar suas ideias depois que o jovem naturalista Alfred Russel Wallace concebeu independentemente o princípio (de seleção natural) e o descreveu em uma carta para Darwin. Os dois resolveram apresentar dois pequenos ensaios a Sociedade Linneana anunciando uma co-descoberta do princípio em 1858;18 Darwin publicou um relato mais detalhado de suas evidências e conclusões em seu A Origem das Espécies de 1859.

Na sexta edição da Origem das Espécies Darwin reconheceu que outros - notavelmente William Charles Wells em 1813, e Patrick Matthew em 1831 – que haviam desenvolvido teorias similares, mas não as haviam apresentado completamente em publicações científicas notáveis.

Darwin pensava na seleção natural por uma analogia com a maneira pela qual os fazendeiros selecionavam sua plantação ou seu gado para reprodução, o que ele chamava de seleção artificial; em seus primeiros manuscritos ele se referia a uma 'Natureza' que iria fazer a seleção. Naquela época, outros mecanismos de evolução como evolução por deriva genética não haviam ainda sido explicitamente formulados, e Darwin percebeu que a seleção era somente uma parte da história: "Eu estou convencido que [isso] tem sido o principal, mas não o meio exclusivo das modificações"19 Para Darwin e seus contemporâneos, a seleção natural eram essencialmente sinônimo a evolução por seleção natural. Após a publicação da "A Origem das Espécies", pessoas instruídas geralmente aceitavam que a evolução havia ocorrido de alguma forma.

Entretanto, a seleção natural permaneceu um mecanismo controverso, parcialmente porque era visto como muito fraco para explicar todo o escopo das características observadas nos organismos vivos, e parcialmente porque até os que apoiavam a evolução frustravam-se com a sua natureza não-guiada e não-progressiva,20 uma resposta que tem sido caracterizada como o principal impedimento para a aceitação da ideia.21 Entretanto, alguns pensadores entusiasticamente abraçaram o Darwinismo; após ler Darwin, Herbert Spencer introduziu o termo sobrevivência dos mais aptos, que se tornou um resumo popular da teoria. Embora a frase ainda seja usada por não-biólogos, biólogos modernos evitam-na devido a sua tautologia, se aptos for interpretado como algum tipo de funcionalidade superior e também porque é aplicada a indivíduos ao invés de ser considerada como uma quantidade média sobre as populações.22 Em uma carta a Charles Lyell em setembro de 1860, Darwin arrepende-se de usar o termo 'Seleção Natural', preferindo o termo 'Preservação Natural'.23

Síntese evolutiva moderna

Somente após a integração de uma teoria da evolução com uma complexa apreciação estatística das leis (redescobertas) de hereditariedade de Mendel foi que a seleção natural se tornou geralmente aceita por cientistas. O trabalho de Ronald Fisher (que desenvolveu a linguagem matemática e a seleção natural nos termos essenciais dos processos genéticos)3 , J. B. S. Haldane (que introduziu o conceito de 'custo' da seleção natural)24 , Sewall Wright (que elucidou a natureza da seleção e da adaptação)25 , Theodosius Dobzhansky (que estabeleceu a ideia de que mutações, ao criarem diversidade genética, supriam o material bruto para a seleção natural)26 , William Hamilton (que concebeu a seleção parentada), Ernst Mayr (que reconheceu a importância chave do isolamento reprodutivo para a especiação)27 e de muitos outros formou a síntese evolucionária moderna, cimentando a seleção natural como a fundação da teoria evolucionária, o que permanece até hoje.

Darwin observou vários fatos, na viagem que fez em 1835, para Arquipélago de Galápagos.Ficou impressionado com a variedades de seres vivos e observou que a vida estava sempre evoluindo, e mudando ,originando essa grande variedade.Depois de 20 anos estudando sua anotações e amostras, observou que havia variações entre as populações de uma mesma espécie,nas diferentes ilhas , e que as condições do ambiente de cada ilha também variavam.Alguns exemplos são as tartarugas da Ilhas Espanõla , Pinta e ilhas mais áridas , que para se alimentarem de diferentes tipos de plantas, de suas respectivas ilhas têm um diferente formato da carapaça,  : As tartarugas habitantes das Ilhas Espanõla e Pinta apresentam, logo acima do pesoço, projeções mais elevadas em suas carapaças (com formato de sela).

Já, nas ilhas mais áridas, as tartarugas não apresentam essa projeções, alimentando-se de plantas mais baixas.

Conversão gênica enviesada

Recentemente, pesquisas conduzidas por um grupo de cientistas na Universidade de Uppsala, comparando o genoma humano com os de outros primatas, sugerem a existência de um processo que, ao contrário da seleção natural, não privilegiaria as mutações genéticas por seu benefício adaptativo.28

Este processo, denominado BGC (do ingês Biased genic conversion Conversão gênica enviesada), seria o responsável pela aceleração na evolução de determinados genes em detrimento de outros, independentemente de serem benéficos ou não, contrariando a visão darwinista tradicional.28

Impacto da teoria

Talvez a proposta mais radical da teoria de Darwin da evolução por seleção natural seja que "formas elaboradamente construídas, tão diferentes umas das outras, e interdependentes de uma forma tão complexa" evoluíram a partir das formas mais simples de vida por uns poucos princípios simples. Essa proposta fundamental inspirou alguns dos mais ardorosos defensores — e provocou a mais profunda oposição.

Em seu modelo explicativo, a seleção natural não precisa de uma intervenção divina como variável independente, o que provoca reação de diversos grupos religiosos.

Além disso, muitas teorias de Seleção artificial foram propostas sugerindo que os fatores de aptidão econômica e social atribuídos por outros seres humanos ou por seu ambiente construído são de certa forma biológicos ou inevitáveis - Darwinismo social.

Outros sustentam que houve uma evolução de sociedades análoga àquela das espécies. As ideias de Darwin, juntamente com as de Freud, Adam Smith e Marx, são consideradas por muitos historiadores como tendo uma profunda influência no pensamento do século XIX e desafiado as escolas de pensamento racionalista e o fundamentalismo religioso que prevaleciam na Europa.

Parte da série sobre Biologia
Evolução
Image of the tree of life showing genome size.
Mecanismos e Processos
Adaptação
Deriva genética
Fluxo gênico
Mutação
Seleção natural
Especiação

Pesquisa e história
Introdução
Evidência
História evolutiva da vida
História
Síntese moderna
Efeito social
Teoria e fato
Objeções / Controvérsia

Campos da biologia evolucionária
Cladística
Genética ecológica
Desenvolvimento evolucionário
Psicologia evolutiva
Evolução humana
Evolução molecular
Filogenia
Genética populacional

Portal Biologia ·

Clique no titulo para ver o artigo.

Espécie - 1 Conceito multidimensional de espécie 2 Evolução do conceito de Espécie 3 Conceitos de espécie 3.1 Espécies tipológicas 3.2 Espécies biológicas 3.3 Espécies evolutivas 3.4 Espécies filogenéticas (cladísticas) 3.5 Espécies de genealogia 3.6 Espécies de coesão 3.7 Espécies ecológicas 3.8 Espécies de reconhecimento 3.9 Espécies fenéticas 4 Formação de híbridos


A estrutura hierárquica da classificação científica usada em biologia.
Espécie (do latim: species, "tipo" ou "aparência"; abreviado: "spec." ou "sp." singular, ou "spp." plural), é um conceito fundamental da Biologia que designa a unidade básica do sistema taxonómico utilizado na classificação científica dos seres vivos. Embora existam múltiplas definições, nenhuma delas consensual1 , o conceito estrutura-se em torno da constituição de agrupamentos de indivíduos (os espécimes) com profundas semelhanças estruturais e funcionais recíprocas, resultantes da partilha de um cariótipo idêntico, expresso numa estrutura cromossómica das células diplóides similar, que lhes confere acentuada uniformidade bioquímica e a capacidade de reprodução entre si, originando descendentes férteis e com o mesmo quadro geral de caracteres2 , num processo que, quando envolva um organismo sexuado, deve permitir descendentes férteis de ambos os sexos.3 Apesar de terem sido propostas múltiplas definições mais precisas, a dificuldade em encontrar uma definição universal para o conceito levou ao aparecimento do chamado problema da espécie1 4 e à adopção de formulações flexíveis utilizadas de forma pragmática em função das especificidades do grupo biológico a que o conceito é aplicado.

Índice

1 Conceito multidimensional de espécie
2 Evolução do conceito de Espécie
3 Conceitos de espécie
3.1 Espécies tipológicas
3.2 Espécies biológicas
3.3 Espécies evolutivas
3.4 Espécies filogenéticas (cladísticas)
3.5 Espécies de genealogia
3.6 Espécies de coesão
3.7 Espécies ecológicas
3.8 Espécies de reconhecimento
3.9 Espécies fenéticas
4 Formação de híbridos


Conceito multidimensional de espécie

O conceito de espécie mais comum é o conceito biológico de espécie proposto por Theodosius Dobzhansky e Ernst Mayr que se traduz por: Espécies são grupos de populações naturais que estão ou têm o potencial de estar se intercruzando, e que estão reprodutivamente isolados de outros grupos. Daí resulta que a espécie será o conjunto de indivíduos que partilham o mesmo fundo génico, morfologicamente semelhantes e capazes de se cruzarem entre si em condições naturais, estando isoladas reprodutivamente de outros grupos semelhantes, com os quais, quando se cruzam, não originam indivíduos férteis.3 5

Do ponto de vista estritamente sistemático ou da taxonomia, é a hierarquia compreendida entre o género (ou o subgénero, se existir) e a variedade (ou, seja caso, a subespécie), correspondendo a cada um dos grupos em que se dividem os géneros, formando agrupamentos compostos por indivíduos que, para além dos caracteres genéticos, têm em comum outros caracteres pelos quais se assemelham entre si e se distinguem das demais espécies. Aplicando este conceito, indivíduos de espécies diferentes não se cruzam por falta de condições anatómicas ou por desinteresse sexual. Quando se cruzam, ou não geram descendentes, porque os seus cromossomas não formam pares, ou, quando os geram, produzem híbridos estéreis.

Existem catalogadas 1.750.000 (arredondando) espécies, mas estima-se que na Terra já tenham existido mais de 1.000.000.000 de espécies.

Evolução do conceito de Espécie

O conceito de espécie desde que foi criado vem sendo alterado sempre que se melhoram os conhecimentos e surge alguma inconsistência em relação ao conceito anterior.6

O primeiro conceito dizia que espécie é o conjunto de indivíduos semelhantes. No entanto este conceito caiu, pois verificava-se que existiam muitas espécies em que os indivíduos eram semelhantes mas não pertenciam à mesma espécie (Ex.: gorila e orangotango; burro e cavalo; chimpanzé e bonobo, etc.).

Foi então acrescentado à definição de espécie, que para além ser o conjunto de indivíduos semelhantes, eles se conseguiam cruzar (reproduzir) entre si. Mas mais uma vez esta definição acabou por ser considerada insuficiente quando se verificava que indivíduos de algumas espécies diferentes se conseguiam cruzar entre si dando origem a descendentes (Ex.: burro e cavalo → mula/macho; tigre e leão → Ligre/Tigreão7 , etc.).

Acrescentou-se então que para além ser o conjunto de indivíduos semelhantes que se cruzam (reproduzem) entre si, têm que dar origem a descendentes férteis. Mas de novo apareceram algumas excepções a esta definição, pois algumas espécies diferentes, não só se cruzavam como davam origem a descendentes férteis (tigre e leão → Ligre/Tigreão) embora machos sejam estéreis as fêmeas são férteis; urso polar e urso pardo dão origem a descendentes férteis, etc.).

Ora bem, apesar de algumas espécies diferentes se poderem cruzar entre si e darem origem a descendentes férteis, não vivem naturalmente na mesma região geográfica e por isso nunca se encontrariam em condições naturais, logo esta premissa foi acrescentada à definição de espécie, chegando-se à seguinte definição: Espécie é o grupo de indivíduos semelhantes que se cruzam (reproduzem) entre si, dando origem a descendentes férteis e vivem na mesma região geográfica.8

No entanto existem algumas espécies, embora poucas, que não respeitam esta última premissa pois são cosmopolitas, como por exemplo o ser humano (embora em grande parte das regiões geográficas em que vive o faça graças a adaptações artificiais), o pardal ou o rato.

No que se refere à botânica, o conceito de espécie encontra-se grandemente desafiado pois não somente muitas espécies da família Orchidaceae coexistem na mesma região, e são capazes de cruzar naturalmente ajudadas pelas actividades dos insectos polinizadores, como também acontece com espécies pertencentes até mesmo a géneros diferentes de uma mesma subtribo.

Conceitos de espécie


No século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin provocou um debate sobre o conceito de espécie.
A questão de como melhor definir "espécie" tem ocupado os biólogos por séculos, e o próprio debate tornou-se conhecido como o problema das espécies. Darwin escreveu no capítulo II do A Origem das Espécies:

Nenhuma definição satisfaz a todos os naturalistas, todavia cada naturalista sabe vagamente o que ele quer dizer quando fala de uma espécie. Geralmente, o termo inclui o elemento desconhecido de um ato de criação distinto.9
Mas depois, em seu livro A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo, ao abordar "A questão de saber se a humanidade é constituída de uma ou várias espécies", Darwin revisou sua opinião a dizer:

é um esforço inútil decidir esse ponto em fundamentos sólidos, até que uma definição do termo "espécie" seja geralmente aceita; e a definição não deve incluir um elemento que não possa ser determinado, como um ato de criação.10
A moderna teoria da evolução depende de uma redefinição fundamental de "espécie". Antes de Darwin, os naturalistas viam espécies como tipos ideais ou geral, que podia ser exemplificado por um espécime ideal tendo todas as características gerais da espécie. As teorias de Darwin deslocaram a atenção da uniformidade para a variação e do geral para o particular.

Em termos práticos, os biólogos definem espécies como populações de organismos que possuem um nível elevado de semelhança genética. Isto pode reflectir uma adaptação ao mesmo nicho, bem como a transferência de material genético de um indivíduo para outro, através de uma variedade de meios possíveis. O nível exato de similaridade usado ​​em tal definição é arbitrário, mas esta é a definição usada mais comum para organismos que se reproduzem assexuadamente (reprodução assexuada), como algumas plantas e microorganismos.



Espécies tipológicas

Um grupo de organismos em que os indivíduos são membros da espécie se suficientemente em conformidade com certas propriedades fixas ou "direitos de passagem". Os clusters de variações ou fenótipos dentro dos espécimes (ou seja, caudas mais longas ou mais curtas) iria diferenciar as espécies. Este método foi usado como um método "clássico" para determinar as espécies, como em Linnaeus e outros taxonomistas11 no início da teoria da evolução. No entanto, agora sabemos que diferentes fenótipos nem sempre constituem espécies diferentes (por exemplo: a Drosophila com quatro asas nascida de uma mãe com duas asas não é uma espécie diferente). Espécies nomeadas desta forma são chamadas de morfoespécies.12

Espécies biológicas

O conceito biológico de espécie define as espécies em termos de intercruzamento. Este conceito foi fortemente apoiado pelos fundadores da moderna síntese como Mayr, Dobzhansky e Huxley.13 14 Mayr o define como: espécies são grupos de populações naturais realmente ou potencialmente intercruzantes que são reprodutivamente isoladas de outros grupos tais como este.11 15

Espécies evolutivas

Uma única linhagem evolutiva de organismos em que genes podem ser compartilhados, e que mantém a sua integridade em relação a outras linhagens no tempo e espaço.11 Em algum ponto na evolução de um grupo, alguns membros podem divergir da população principal e evoluir para uma subespécie, um processo que pode levar à formação de uma nova espécie se o isolamento (geográfico ou ecológico) é mantido. Uma espécie que dá origem a outra espécie é uma espécie parafilética, ou paraespecie.16

Espécies filogenéticas (cladísticas)

Um grupo de organismos que compartilham um ancestral;17 uma linhagem que mantém a sua integridade com respeito a outras linhagens através de tanto tempo quanto espaço. Em algum ponto no progresso de um grupo, os membros podem divergir um do outro: quando tal divergência torna-se suficientemente clara, as duas populações são consideradas espécies distintas. Isso é diferente de espécies evolutivas em que a espécie mãe se extingue taxonomicamente quando uma nova espécie evoluí, as populações mãe e filha se formando agora duas novas espécies.18 Uma espécie filogenético é um cluster (basal) irredutível de organismos que é diagnosticavelmente distinto a partir de outros tais clusters, e dentro do qual existe um padrão parental de ancestralidade e descendência.11

Espécies de genealogia

Espécies são grupos de organismos "exclusivos", onde um grupo exclusivo é aquele cujos membros são todos mais estreitamente relacionados entre si do que para qualquer organismo fora do grupo.11 Ou seja, que as espécies devem ser definidas quando um consenso entre genealogias de genes múltiplos indica recíproca monofilia. Os críticos argumentam que essa idéia tem muitos problemas em comum com outros conceitos de monofilia das espécies.19

Espécies de coesão

População de indivíduos mais inclusiva que possuem o potencial para a coesão fenotípica através de mecanismos de coesão intrínsecas.20 Este conceito foi proposto por Alan R. Templeton e combina um número de conceitos de espécies competitivos. Funde idéias sobre os conceitos de espécies ecológicos, genealógicos e de reconhecimento.19 Esta é uma expansão do conceito de espécies de reconhecimento de acasalandos por permitir mecanismos de isolamento pós acasalamento; não importa se as populações podem hibridizar com êxito, elas ainda são espécies de coesão distintas se a quantidade de hibridação é insuficiente para misturar completamente seus pools de genes respectivos.

Espécies ecológicas

As espécies são definidas por seus nichos ecológicos. Ou seja, um conjunto de organismos adaptados a um conjunto particular de recursos, chamado um nicho, no meio ambiente. De acordo com este conceito, as populações formam os clusters fenéticos discretos que reconhecemos como espécies porque os processos ecológicos e evolutivos que controlam como os recursos são divididos tendem a produzir esses clusters. 13

Espécies de reconhecimento

Uma espécie é a população mais abrangente de cada um dos organismos biparentais que compartilham um sistema de fertilização comum.11 Com base na partilha de sistemas reprodutivos, incluindo o comportamento de acasalamento. O conceito de Reconhecimento de espécies, foi introduzido por Hugh EH Paterson,20 depois de um trabalho anterior por Wilhelm Petersen. O evento crucial para a origem de uma nova espécie, de acordo com Paterson, é a evolução de um novo sistema de reconhecimento de acasalandos.13

Espécies fenéticas

O conceito de espécie fenética aplica a classificação fenética à categoria das espécies.13 Ou seja, é uma classificação baseada em fenótipos no qual uma espécie é um conjunto de organismos que se assemelham um com o outro e que são distintos de outros conjuntos.13 Nem sempre a classificação fenética concorda com a filogenética. Por exemplo, no caso dos animais vaca, peixe pulmonado e salmão, pela classificação fenética, os peixes estão mais próximos entre si, ao passo que na classificação filogenética, a vaca e o peixe pulmonado estão mais próximos entre si.21

Formação de híbridos


Um ligre é um híbrido originado do cruzamento de um leão com uma tigresa.
Criadores e sitiantes sabem que a mula (exemplar fêmea) e o mú ou macho (exemplar macho) são híbridos estéreis que apresentam grande força e resistência. São o produto do acasalamento do burro (Equus asinus) (2n = 62 cromossomas) com a égua (Equus cabalus)(2n = 64 cromossomas). As mulas têm 2n = 63 cromossomas,22 porque são resultantes da união de espermatozóide com n = 31 cromossomas e óvulo com n = 32 cromossomas.

Considerando os eventos da meiose I para a produção de gametas, o mú e a mula são estéreis. Os cromossomas são de duas espécies diferentes e, portanto, não ocorre pareamento dos chamados cromossomos homólogos, impossibilitando a meiose e a gametogénese.

Por conseguinte não existe a espécie "mula" porque mús (machos) e mulas são estéreis e não se reproduzem: por não se reproduzirem não se enquadram na definição de espécie.

Outro exemplo de indivíduos originados pelo cruzamento entre espécies diferentes é o ligre, cujos machos são estéreis mas as fêmeas são férteis, produzido pelo cruzamento entre um leão e uma tigresa.23

Clique no titulo para ver o artigo.

Progenitor


Tanto no sentido geral, como biológico, designam-se por progenitores os dois seres que deram origem a um ou vários descendentes através dum processo reprodutivo.

Em geral, esses dois progenitores são o macho e a fêmea, normalmente designados por pai e mãe, principalmente no caso dos seres humanos.

Não confundamos genitor com progenitor. O genitor é aquele que gera, o pai. E progenitor é o pai que gerou antes, ou seja, que gerou o genitor. Meu pai é meu genitor. E meu progenitor é o meu avô.

No entanto, nos casos de seres vivos com sexo indiferenciado, como os fungos ou as bactérias, os progenitores podem ser indivíduos semelhantes na forma que se conjugam para dar origem a um (ou mais) novo(s) indivíduo(s).

No caso das plantas, os progenitores são a planta que suporta o zigoto, ou seja, o óvulo fecundado - que nas plantas com flores vai dar origem ao fruto - e outra planta que produziu o gâmeta masculino (que, nas plantas com flores se chama anterídeo e é transportado por um grão de pólen).
Clique no titulo para ver o artigo.

Dispersão biológica


Em biologia chama-se dispersão ao conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores.Todos os organismos na natureza são encontrados em determinados locais por que eles se deslocaram até lá partindo de um centro de origem. É considerado natural que logo após o nascimento, seja de uma planta ou de um animal, haja o deslocamento do recém-nascido para longe de seus pais. Alguns animais podem se locomover apenas durante certo período de sua vida, permanecendo sésseis no restante dela, outros tendem a mudar de localização no espaço a qualquer momento. A distribuição de cada táxon reflete a história do local de origem, da dispersão e da extinção local, remontando assim a própria origem da vida.1

Qualquer “conseqüência” evolutiva é, naturalmente, força seletiva potencialmente importante favorecendo padrões específicos de dispersão ou a tendência de se dispersar. A seleção natural geralmente favorece aos indivíduos que se movem a curtas distâncias de seu local de nascimento. A escolha de um novo local provavelmente será mais vantajoso para ele, já que permanecer no lugar onde nasceu poderá levar a problemas com as mudanças ambientais onde a espécie estaria mais adaptada a sobreviver e, a um aumento da competição intra-específica entre pais, filhos e irmãos. Quando há um aumento da distancia entre o sítio natal e o local de dispersão, a tendência é que a probabilidade de sobrevivência diminua, devido a diferenças dos habitats.2

Uma espécie que busca expandir sua distribuição com sucesso, precisa ser capaz de se deslocar para novas áreas, resistir a condições ambientais desfavoráveis durante essa passagem e por último conseguir estabelecer populações viáveis em seu local de chegada.3



Índice

1 Variação na dispersão dentro de populações
1.1 Polimorfismo de dispersão
1.2 Diferenças relacionadas ao sexo
1.3 Diferenças relacionadas à idade
2 Padrões de migração
2.1 Salto de dispersão
2.2 Difusão
2.3 Migração secular
2.4 Migração diária e sazonal
2.5 Migração de somente uma via
2.6 Migrações irregulares ou táticas
3 Forças evolutivas atuando na dispersão
3.1 Endogamia e exogamia
3.2 Evitando a competição parental
3.3 Filopatria
4 Referências
Variação na dispersão dentro de populações

Polimorfismo de dispersão

Existem diversas formas de variação de dispersão dentro de uma mesma espécie, são adaptações muitas vezes comportamentais e fisiológicas que elas adquiriram. Como o caso da planta anual do deserto Gymnarrhena micrantha. Ela produz apenas de uma à três sementes grandes (em aquênios), a partir de flores que permanecem fechadas a baixo da superfície do solo. Essas sementes germinam no mesmo local da planta-mãe. Porém, essas mesmas plantas também produzem sementes pequenas acima do solo, o que permite a dispersão pelo vento. Em anos muito secos são produzidas apenas sementes subterrâneas que não dispersam, já em anos mais úmidos, as plantas crescem mais e produzem maior quantidade de sementes que dispersam. 4

Diferenças relacionadas ao sexo

Às vezes a necessidade de se dispersar pode ser diferente para machos e para fêmeas. Entre as aves é comum que as fêmeas se dispersem, já em mamíferos normalmente são os machos. Para as aves, a competição pelo território é mais intensa entre os machos, eles teriam portanto mais a ganhar através da filopatria. Já as fêmeas levam vantagem na escolha de qual macho irá se acasalar. Em mamíferos, os machos (muitas vezes polígamos) podem competir muito mais por uma fêmea, do que por um território e, com isso, é possível áreas para se dispersar com um maior número possível de fêmeas.5



Diferenças relacionadas à idade

Em grande parte das espécies a dispersão é natal, ou seja, dispersão por juvenis antes que se reproduzam pela primeira vez. Em muitos táxons é constitucional que a dispersão de sementes seja tipicamente natal. Muitos invertebrados possuem um estágio adulto séssil (reprodutiva) no qual as larvas são lançadas (idade pré-reprodutiva) para a dispersão. Por outro lado, a maioria dos insetos possui um estágio séssil e um estágio adulto apto à dispersão. Aves e mamíferos, uma vez desmamados e independentes de sua mãe, possuem potencial para se dispersarem pelo resto de suas vidas.6



Padrões de migração

Salto de dispersão

Muitas espécies se estabeleceram em novos locais depois de terem percorrido grandes distâncias, mesmo sendo um mecanismo raro de ser observado na natureza, existem alguns bons exemplos dessas colonizações terem acontecido em algumas ilhas, por exemplo, quando uma erupção vulcânica destruiu quase toda a biodiversidade da ilha Krakatau na indonésia, em 1883, mesmo após a erupção tanto ela quanto as ilhas vizinhas de Verlaten foram cobertas por uma extensa camada de cinzas. Após 50 anos do acontecido, pesquisadores que documentaram a fauna e flora das ilhas mostraram que já havia se estabelecido uma densa floresta tropical úmida na ilha de Krakatau, com 271 espécies de plantas, 31 tipos de pássaros, e muitos invertebrados.* A principal hipótese para o aparecimento desses organismos é que eles se dispersaram atravessando cerca de 50 à 80 km de mar que separa essas ilhas das grandes ilhas de Java e de Sumatra. Além de casos como esse em que as espécies tiveram que atravessar oceanos, também existem evidencias de organismos que tiveram que atravessar distancias tão longas, quanto essas através do continente. 7



Difusão

Em comparação ao salto de dispersão, a difusão é uma forma muito mais lenta de expansão da amplitude de distribuição de uma espécie, que envolve não apenas indivíduos, mas também populações. Enquanto o salto de dispersão é realizado por um ou apenas poucos indivíduos dentro de um curto período de sua vida, a difusão acontece durante muitas gerações, onde os indivíduos se dispersam de forma lenta e gradual aumentando seu limite de distribuição. Esses dois mecanismos também estão intimamente ligados, uma vez que a difusão pode seguir o salto de dispersão de uma espécie em uma região distante de habitat favorável, mas não colonizada.



Migração secular

É ainda mais lenta que a difusão, existe a migração secular, ela ocorre muito vagarosamente (Pode durar centenas de gerações), possibilitando as espécies evoluírem durante o processo de migração. Apesar de Hebert Louis Mason ter introduzido o termo em 1954, o conceito de migração secular é antigo. Durante o século dezoito, Buffon propôs a hipótese de que muitas formas de vida se originaram da região norte do Velho e do Novo Mundo. A partir daí elas migraram em direção ao sul e, uma vez isoladas, começaram a se modificar, a tal ponto que as biotas dos trópicos do Velho e do Novo Mundo compartilham muitas poucas formas de vida (Lei de Buffon).

Migração diária e sazonal

A escala de tempo envolvida nesses processos pode ser de horas, dias, meses, ou anos. Em alguns casos esses movimentos têm o efeito de manter o organismo em um mesmo tipo de ambiente. Esse é o caso do movimento de caranguejos na linha de costa: eles se movem com a avanço e retaliação da maré. Outro exemplo são de algumas algas planctônicas, elas descem até as profundezas durante a noite para acumular fósforo e talvez outros nutrientes, durante o dia elas voltam à superfície pra realizarem a fotossíntese.8

Muitos organismos realizam migrações sazonais, como muitos anfíbios, que durante a primavera vivem num habitat aquático para se reproduzirem e durante o restante do ano são mais terrestres.



Migração de somente uma via

Em algumas espécies migrantes, a viajem para um individuo é de somente uma via. Na Europa, as borboletas Colias croceus, Vanessa Atalanta e Vanessa cardui se reproduzem nas duas extremidades de suas migrações. Os indivíduos, ao alcançarem a Grã Bretanha no verão, se reproduzem e sua prole se desloca para o sul, no outono, e se reproduzem na região do mediterrâneo, sendo que a prole desses indivíduos volta para o norte no verão seguinte.



Migrações irregulares ou táticas

Esse tipo de migração tática é forçada por eventos como as superpopulações, não apresentando nenhuma regularidade ou ciclo. É um exemplo as migrações de gafanhotos em regiões áridas e semi-áridas, causadores de devastações no ambiente, muitas vezes trazendo também danos econômicos.



Forças evolutivas atuando na dispersão

Endogamia e exogamia

Quando indivíduos aparentados se reproduzem, sua prole provavelmente sofre uma “depressão endogâmica**, resultante especialmente da expressão no fenótipo de alelos deletérios recessivos. Animais com dispersão limitada, aumentam a probabilidade de endogamia, desse modo, a sua evitação é uma força que favorece a dispersão. Em alguns casos porém, as espécies podem mostrar uma adaptação local a seu local imediato de nascimento. Quando organismo adaptados a dispersarem longas distâncias se cruzam, a prole poderá sofrer uma “depressão exogâmica”, com organismo adaptados a nenhuma habitat, essa seria uma força atuando contra a dispersão.9



Evitando a competição parental

Evitar a endogamia não é, de fato, a única força atuando a favor da dispersão natal da prole. Isso pode ser favorecido uma vez que diminua o resultado dos efeitos competitivos que ocorrem com os progenitores, pois mesmo em habitats muito estáveis, todos os organismos irão estar sofrendo uma forte pressão seletiva para se dispersar de sua progênie.10 Há também estudos comprovando que a taxa de imigração está ligada a densidade populacional, em algumas espécies quando a densidade é baixa, a imigração tende a ser maior do que em densidades altas. O caso mais freqüente é a taxa de imigração ser maior quando a densidade populacional também aumentar.



Filopatria

A dispersão efetiva não é exatamente dependente da densidade, pois existem também forças seletivas a favor da não dispersão, mostrando, em vez disso a chamada filopatria, ou comportamento “caseiro”. Este comportamento existe por haver certas vantagens de se permanecer no ambiente familiar, como a cooperação entre os indivíduos da mesma família ou, os indivíduos que dispersam podem encontrar uma “barreira social” de agressões ou intolerância de grupos não aparentados. 11

Referências

↑ Brown J.H. e Lomolino M.V. 2006, Biogeografia, 2ed.
↑ Begon M., Townsend C.R. e Harper J.L. 2007, Ecologia de Indivíduos a Ecossistemas, 4ed. Porto Alegre: Artmed
↑ Begon M., Townsend C.R. e Harper J.L. 2007, Ecologia de Indivíduos a Ecossistemas, 4ed. Porto Alegre: Artmed
↑ Koller S.L. e Roth N. 1964, Studies on the ecological and physiological significance of amphicarpy in Gmnarrhena micrantha (Compositae), American Journal of Botany, 51, 26-35
↑ Greenwood P.J. 1980, Mating systems, philopatry and dispersal in birds and mammals. Animal Behavior, 28, 1140-1162
↑ Wolff J.O. 1997, Population regulation in mammals: an evolutionary perspective. Journal of Animal Ecology, 66, 1-13
↑ Docters van Leeuwen, W. M. 1936, Krakatau, 1833-1933. Ann. Jard. Bot. Buitenzorg 46-47: 1-506
↑ Salonen K., Jones R.I. e Arvola L. 1984 Hypoliminetic retrieval by diel vertical migrations of lake phytoplankton. Freshwater Biology, 14, 431-438
↑ Charlesworth D. e Charlesworth B. 1987, Inbreeding depression and its evolutionary consequences. Annual Rewieu of ecology and systematic, 18, 237-268
↑ Hamilton W.D. e May R.M. 1977, Dispersal in stable habitats. Nature, 269, 578-581
↑ Hestbeck J. B. 1982, Population regulation of cyclic mammals: the social fence hyphotesis. Oikos, 39, 157-163
Clique no titulo para ver o artigo.

Desinstalar programas no Windows 8

Clique no titulo para ver o artigo.

Deixar Menu Iniciar do Windows 8 igual ao do Windows 7


Clique no titulo para ver o artigo.

SUS - Questões de Concurso com Gabarito estilo da Banca CESPE/UnB

SUS - Questões de Concurso estilo da Banca CESPE/UnB


Olá, vou postar algumas questões do SUS estilo da Banca CESPE, sobre a lei 8080, a lei 8142, a constituição federal, entre outras. As questões são de frases, onde temos que marcar certo ou errado. No momento não tem nenhuma prova dessa banca em andamento no Rio de Janeiro para a saúde, porém é sempre bom treinar.


Em relação aos conselhos de saúde previstos na Lei nº8.142/1990, julgue os itens subseqüentes.
1. Os conselhos de saúde têm caráter consultivo.
2. É função dos conselhos controlar a execução da política de saúde, na sua instância correspondente, inclusive nos aspectos financeiros.
3. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
4. O Conselho de Saúde, tem caráter permanente e deliberativo.
5. O Conselho de Saúde é um órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.
O conselho de saúde, em cada nível de governo, é um órgão colegiado, de caráter permanente. Com referencia aos conselhos de saúde no Brasil, julgue os seguintes itens.
6. Todos têm caráter deliberativo.
7. Na composição desses conselhos não participam os prestadores de serviço da saúde.
8. Atuam no controle econômico e financeiro da instância correspondente.
9. A representação dos usuários nesses conselhos deve corresponder a um terço da participação do conjunto dos demais segmentos.
10. Pelo fato de esses conselhos serem autônomos, as suas decisões não necessitam de homologação por parte de autoridade da esfera governamental correspondente.
O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: a Conferencia de Saúde e o Conselho de Saúde. Sobre a Conferência de Saúde, julgue as afirmações a seguir:
11. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais.
12. A Conferência de Saúde deve ser convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, poresta ou pelo Conselho de Saúde.
13. A Conferência de Saúde se reunirá para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
Durante uma conversa relativa ao Sistema Único de Saúde (SUS) entre dois profissionais médicos, um dos interlocutores emitiu uma série de comentários sobre os conselhos municipais de saúde. Julgue esses comentários, que estão contidos nos itens a seguir.
14. Os conselhos municipais de saúde representam instâncias com características basicamente consultivas.
15. Por lei, o conselho municipal de saúde deve ser constituído por, no máximo, 4 membros: um representante do governo municipal, dos prestadores de serviço, dos profissionais de saúde e dos usuários.
16. Uma das principais funções do conselheiro municipal de saúde é fiscalizar in loco (em uma unidade básica de saúde, por exemplo) se os funcionários estão realizando adequadamente as suas funções.
Acerca do Sistema Único de Saúde (SUS), criado juridicamente na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas leis nº8.080/1990, julgue os seguintes itens.
17. A direção do SUS é sempre única em cada esfera de governo.
18. As atividades preventivas de doenças são prioritárias no SUS.
19. É totalmente vedada a participação de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde da população brasileira.
20. As atividades de vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras devem ser executadas pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde, podendo ser complementadas pelos estados e municípios.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicos federais, estaduais e municipais no Brasil. Acerca do SUS, julgue os seguintes itens.
21. Os serviços privados podem participar do SUS em caráter complementar.
22. As ações de saúde do trabalhador estão excluídas do campo de atuação do SUS.
23. Os objetivos do SUS incluem a coordenação das ações de saneamento básico.
24. É de responsabilidade do SUS a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
No Brasil, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados (conveniados e contratados) que integram o SUS obedecem a princípios organizativos e doutrinários. Acerca desses princípios, julgue os itens a seguir.
25. A legislação do SUS determina a universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência e em todo o território nacional.
26. O princípio do acesso universal às ações e aos serviços de saúde no Brasil se traduz na Constituição Federal, quando o texto desta afirma que a saúde é direito de todos e dever do Estado.
27. A diretriz da descentralização político-administrativa do SUS contribuiu para o atual grau de municipalização, regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde no Brasil.
28. O SUS tem direção única em cada esfera de governo, pressupondo a conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos estados, do DF e dos municípios na prestação dos serviços de saúde à população.
29. De acordo com a Constituição Federal, a saúde deve ser garantida mediante políticas econômicas e sociais que visem à redução do risco de adoecer e morrer da população. Por isso, os recursos financeiros específicos do SUS podem, na esfera municipal, ser aplicados em ações de saneamento básico, incluindo a coleta pública regular do lixo urbano.
Com relação à Lei n.º 8.142/1990, que dispõe acerca da participação da comunidade na gestão do SUS e das
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, julgue os próximos itens.
30. O SUS conta, em cada esfera de governo, com as seguintes instâncias colegiadas de participação da sociedade: comissão intergestora bipartite, consórcio intermunicipal de saúde e conferência de saúde.
31. A conferência nacional de saúde, realizada a cada quatro anos com representação de vários segmentos sociais, avalia e altera, se necessário, em caráter permanente e deliberativo, a legislação da saúde no Brasil.
32. Para o recebimento de recursos financeiros do Fundo Nacional de Saúde, os municípios, os estados e o DF deverão definir nos seus respectivos orçamentos suas contrapartidas de recursos financeiros para a saúde.
33. A lei em questão definiu que todos os municípios implantassem, no prazo previsto de dois anos, o plano de carreira, cargos e salários para os trabalhadores do SUS, condicionando a essa exigência o repasse de recursos financeiros da União.
34. Segundo a lei em apreço, a representação dos prestadores de serviços nas conferências de saúde deve ser paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) representou, em termos de sua legislação, uma afirmação política do compromisso do Estado brasileiro para com os direitos de seus cidadãos. Em relação ao arcabouço legal do SUS, julgue os itens seguintes.
35. As ações e serviços de saúde foram definidos pela Constituição Federal como de relevância pública, cabendo ao poder público e ao setor privado dispor acerca da sua regulamentação, fiscalização e controle.
36. A direção do SUS é exercida no âmbito da União pelo Ministério da Saúde, e, no âmbito dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, pelas respectivas secretarias de saúde ou órgãos equivalentes.
37. A Lei n.8.080/1990, em consonância com a Constituição Federal, regula em todo o território nacional as ações e serviços de saúde executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas, de direito público ou privado.
38. Devem ser observados os princípios éticos e as normas expedidos pelo órgão de direção do SUS quanto às condições para o funcionamento dos serviços privados de assistência a saúde.
39. Segundo mandamento constitucional, o SUS é financiado com recursos do orçamento da seguridade social em 50%, da União em 25% e dos estados em 25%.
No Brasil, as ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema Único de Saúde (SUS). Acerca desse sistema, julgue os itens que se seguem.
40. Os serviços de saúde privados podem participar do SUS em caráter complementar.
41. Compete ao SUS coordenar a formulação da política de saneamento básico e a execução das ações nela previstas.
42. Cabem à direção estadual do SUS o estabelecimento de normas e a execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.
43. A Programação Pactuada Integrada (PPI) é um instrumento de gestão do SUS, elaborado pelo Ministério da Saúde e aprovado pelos conselhos municipais e estaduais de saúde.
Com referência à gestão financeira do SUS, julgue os itens a seguir.
44. Para receberem os recursos destinados à cobertura das ações e dos serviços de saúde, municípios, estados e Distrito Federal não precisam contar necessariamente com conselhos de saúde.
45. Os municípios habilitados em gestão plena da atenção básica ampliada estão também habilitados em gestão plena do sistema municipal.
A Lei n.º 8.080/1990 estabelece as disposições legais para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços. A Lei n.º 8.142/1990 dispõe acerca da participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e acerca das transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Essas leis regulamentam determinações da Constituição Federal (CF), a respeito da descentralização das ações e dos serviços de saúde. O SUS é considerado um sólido sistema de saúde, que ao longo de sua história teve muitos avanços e desafios. Com o objetivo de superar as dificuldades financeiras, em 2006, os gestores de saúde elaboraram o Pacto pela Saúde, que, ao longo dos anos, será revisado com base nos princípios do SUS, dando ênfase às necessidades de saúde da população.
Tendo como referência inicial o texto acima, julgue os itens a seguir.
46. De acordo com o capítulo I da Lei n.º 8.080/1990, o campo de atuação do SUS, no que se refere à execução de ações, inclui as ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica e de saúde do trabalhador.
47. A Lei n.º 8.080/1990 não prevê, no rol de competências do SUS, a fiscalização e o controle das condições de produção e extração de substâncias de produtos que apresentam riscos à saúde do trabalhador.
48. Conforme disposto na CF, a direção do SUS é exercida, no âmbito dos estados e do Distrito Federal, pelo Ministério da Saúde e, no âmbito dos municípios, pelas secretarias municipais de saúde ou órgãos equivalentes.
49. É previsto na CF e na Lei n.º 8.080/1990 que a política de recursos humanos na área de saúde será formalizada e executada pelo governo e cumprirá o objetivo de organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino e o de elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal.
50. O Pacto de Gestão do SUS prioriza, de forma inequívoca, a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS e estabelece diretrizes com ênfase na descentralização, regionalização, financiamento, programação pactuada e integrada, controle social, regulação, participação e controle social, planejamento, gestão de trabalho e educação na saúde.
Com relação a gestão financeira do SUS
51. O reembolso das despesas com atendimentos prestados por unidades públicas beneficiárias de planos privados de saúde constitui fonte adicional de recursos do SUS.
52. Os recursos de custeio da esfera federal destinados às ações e aos serviços de saúde configuram o teto de financiamento global, sendo o valor para cada estado e município definido com base na PPI e correspondente à soma dos tetos financeiros de assistência, vigilância sanitária, epidemiologia e controle de doenças.
53. Os valores financeiros transferidos a estados e municípios, referentes a pisos, tetos, frações e índices, bem como as suas revisões, devem ser negociados nas comissões intergestoras bi e tripartite e aprovados pelos respectivos conselhos de saúde.
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade destinado a assegurar o direito à saúde. Com respeito a essa rede de proteção social, julgue os itens que se seguem.
54. Um dos objetivos da seguridade social é a garantia de universalidade do atendimento de saúde.
55. Na legislação brasileira, as ações e os serviços de saúde não são considerados de relevância pública.
56. Segundo a Constituição Federal, as políticas econômicas devem garantir redução de riscos de agravos à saúde.
Quanto às competências dos diferentes níveis de direção do SUS, julgue os itens seguintes.
57. Cabem à direção estadual estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.
58. Cabe à direção municipal controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde.
59. Cabe à direção municipal executar ações de saneamento básico.
60. Não cabe à direção municipal formar consórcios administrativos intermunicipais.
Em relação ao financiamento de ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), julgue os itens que se seguem.
61. O texto constitucional definiu diretrizes para o estabelecimento dos recursos mínimos a serem aplicados pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal (DF) e pelos municípios em ações e serviços públicos de saúde, comprometendo efetivamente as três esferas do governo com o financiamento do setor saúde.
62. A não-observância da aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais nas ações e serviços públicos de saúde autoriza a União a intervir nos estados e no DF.
63. A atuação efetiva do conselho de saúde no acompanhamento e na fiscalização dos recursos destinados às ações e serviços de saúde visa comprovar a legalidade e avaliar os resultados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos diferentes níveis do SUS, imputando as penalidades que couberem, prescindindo da atuação dos Poderes Legislativo e Judiciário.
64. Segundo o texto constitucional, os recursos dos estados, do DF e dos municípios, além daqueles transferidos pela União, destinados ao financiamento de ações e serviços públicos de saúde, deverão ser aplicados por meio de contas específicas de cada programa de saúde, a exemplo do Programa de Saúde da Família (PSF), programas de controle de endemias e programa de prevenção do câncer de colo uterino.
65. O texto constitucional regulamentou os valores percentuais que devem ser usados para o cálculo dos recursos mínimos a serem aplicados pela União, pelos estados e pelos municípios em ações e serviços públicos de saúde, assim como as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União, dispensando a formulação de lei complementar para esse fim.
O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o PSF desafiaram os municípios quanto às formas mais adequadas de contratação de seus agentes. Com base na legislação vigente e considerando especialmente a emenda constitucional que trata da questão, julgue os itens de 66 a 70.
66. A legislação vigente permite aos gestores locais do SUS contratar agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias, desde que aprovados em processos seletivos públicos, salvo em situações especiais dispostas em lei.
67. O texto constitucional, que dispõe sobre a contratação dos ACS, ordenou a substituição imediata de todos os agentes contratados anteriormente à data de sua promulgação, o que impediu o aproveitamento inclusive daqueles que já atuavam nos municípios, ainda que tivessem sido submetidos a processos seletivos públicos antes da contratação.
68. Aos gestores locais do SUS foi permitida e regulamentada a contratação direta (pelo regime estatutário ou celetista) e, em situações especiais, a contratação indireta (por meio de organizações não-governamentais, cooperativas ou associações de moradores de bairro) dos ACS e agentes de combate às endemias, prática esta já instituída em larga escala pelos municípios brasileiros mesmo anteriormente à lei.
69. O texto constitucional prevê que lei federal disporá sobre o regime jurídico e a regulamentação das atividades de ACS e agente de combate às endemias.
70. Especialmente em relação ao servidor que exerça funções equivalentes às de ACS ou de agente de combate às endemias, o texto constitucional prevê a perda de cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício, além das demais hipóteses previstas em lei para perda de cargo no caso de servidor público estável em geral.
O sistema de saúde brasileiro está constituído por um amplo conjunto de instituições gestoras e prestadoras de serviços do setor público de saúde, mantido pelas três esferas de governo, e ampliado com a participação do setor privado contratado. Em relação ao SUS, julgue os itens seguintes.
71. A legislação permite, de maneira ampla, que a assistência à saúde seja livre à iniciativa privada, porém estabelece que a contratação de serviços privados de saúde pelo SUS, em caráter complementar, deverá considerar de forma preferencial as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
72. Compete ao Ministério da Educação ordenar a formação dos recursos humanos de todas as áreas, incluindo a área da saúde, podendo, no entanto, sempre que necessário, convocar o SUS para participar e emitir parecer a respeito de cada processo.
73. Pessoas que sejam proprietárias, administradores ou dirigentes de entidades ou serviços contratados pelo SUS estão impedidas de exercerem cargos de chefia no âmbito do próprio SUS.
74. Estão submetidas à regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) as empresas que operam planos privados de assistência à saúde, excluídas aquelas do tipo cooperativas médicas e cooperativas odontológicas.
75. O poder de regulação da ANS sobre o setor de planos privados de saúde implica em, entre outras medidas, celebrar termos de compromisso de ajuste de conduta, estabelecer normas para ressarcimento do SUS, e até a liquidação extrajudicial de uma empresa, quando cabível.
A aprovação do Pacto pela Saúde, em 2006, introduziu significativas mudanças na organização e efetivação do SUS, para os gestores das três esferas de governo. Em relação ao Pacto pela Saúde e seus componentes, julgue os itens de 76 a 80.
76. O Pacto pela Saúde constitui um conjunto de alterações na estrutura organizacional do Ministério da Saúde com o principal objetivo de desburocratizar a relação dos estados e municípios com as coordenações dos programas federais na área da saúde.
77. O Pacto pela Saúde busca a adesão solidária aos termos de compromisso de gestão, a regionalização cooperativa como eixo da descentralização e a integração das várias formas de repasse dos recursos federais aos estados e municípios.
78. Constituem os principais instrumentos do planejamento da regionalização, entendida como uma diretriz do Pacto pela Saúde: o Plano Diretor para a Racionalização de Recursos (PDR), o Plano Diretor de Informação em Saúde (PDIS) e a Programação de Expansão da Estratégia de Saúde da Família (PROESF).
79. Com relação à programação pactuada integrada os municípios devem explicitar os recursos que serão destinados à assistência à saúde de sua própria população e da população referenciada de outros municípios, de acordo com o pactuado.
80. A responsabilidade pela atenção básica e pelas ações básicas de vigilância em saúde constitui, nas diretrizes operacionais do Pacto pela Saúde, o conjunto de responsabilidades não compartilhadas, ou seja, elas devem ser assumidas em cada município do país.

Gabarito

1 – e
2 – c
3 – c
4 – c
5 – c
6 – c
7 – e
8 – c
9 – e
10 – e
11 – c
12 – c
13 – c
14 – e
15 – e
16 – e
17- c
18 – c
19 – e
20 – c
21 –c
22-e
23- e
24-c
25- c
26- c
27- c
28- c
29 – e
30 – e
31 – e
32 – c
33 – c
34- e
35 – e
36- c
37- c
38- c
39- e (?)
40- c
41 – e
42 – e
43 – e
44 – e
45 – e
46 –c
47 –e
48-e
49 –c
50 –c
51 –
52 –
53 –
54- c
55- e
56-c
57 – e
58- c
59 –c
60 – e
61 – c
62 – c
63 – e
64 – e
65 – e
66 – c
67 – e
68 – e
69 – c
70 – c
71 – c
72 – e
73 – c
74 – e
75 – c
76- e
77 – c
78 – e
79 – c
80 – c
Clique no titulo para ver o artigo.


O site é totalmente grátis, clique acima em YOUTUBE para liberar o acesso ao site!


.................................... aguardando!!!











































































































































































































Artigos em Destaque



Tecnologia do Blogger.

Copyright © Mix Útil